Vereadores de Coxim pedem afastamento de servidores implicados em operação do Gaeco
Gaeco cumpriu mandados de busca e apreensão em 14 endereços para investigar suposto esquema ilegal de transferência de terrenos públicos
Thalya Godoy –
Ouvir Notícia Pausar Notícia Compartilhar A Câmara de Vereadores de Coxim, a 252 km de Campo Grande, apresentou uma indicação ao prefeito Edilson Magro (PP) para que afaste os servidores envolvidos na Operação Grilagem de Papel.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) esteve no município, em 13 de novembro, para cumprir 14 mandados de busca e apreensão para apurar suposto esquema ilegal de transferência de terrenos públicos. Agentes também estiveram em um endereço em Várzea Grande (MT).
Na ocasião, as equipes apreenderam R$ 15 mil em espécie, celulares e documentos. Além disso, dois servidores acabaram afastados dos cargos. Conforme apurado pela reportagem, seriam o diretor de projetos e o gerente de tributação. Eles foram levados para a delegacia e ouvidos pelos investigadores.
A indicação ao prefeito foi apresentada pelo vereador Marcinho Sousa (União Brasil), na sessão da última segunda-feira (18).
“A operação expôs sérias irregularidades e práticas ilícitas que comprometem a integridade da gestão pública e a confiança da população com as instituições […] para garantir a lisura das investigações e a continuidade do serviço público, solicitamos ao prefeito o afastamento dos servidores”, manifestou o vereador na tribuna da Casa de Leis.
O Midiamax entrou em contato com o prefeito Edilson Magro para perguntar se ele deve atender ao pedido da Casa de Leis. O espaço segue aberto para manifestações.
Operação
Em nota, o Gaeco informou que os servidores “teriam expedido certidões de regularização fundiária para terrenos abandonados, mas com propriedade definida, sem seguir o procedimento legal exigido. A partir dessas certidões, as propriedades eram transferidas no Cartório de Registro de Imóveis”.
Eles são suspeitos por crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica, organização criminosa e outros crimes correlatos.
O nome da Operação “Grilagem de Papel” faz alusão à apropriação ilegal de terrenos de terceiros por meio de documentos fraudulentos.
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