Vereadores discutem aumentar salário da prefeita Adriane Lopes para R$ 35,4 mil
Reajuste seria necessário para adequar salários de mais de 500 servidores municipais de Campo Grande
Evelin Cáceres, Anna Gomes, Dândara Genelhú –
Ouvir Notícia Pausar Notícia Compartilhar Fachada da Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Midiamax)
Em Campo Grande, o salário da prefeita poderá ser de R$ 35.462,22. Isto porque o projeto de lei nº 10.786/22 prevê reajuste para o subsídio do prefeito, vice-prefeito e secretários do município. Presidente da Câmara, Carlão (PSB) explicou nesta terça-feira (18) que a mudança é necessária para que mais de 500 servidores tenham os salários reajustados.
“São servidores topo de carreira que estão desde 2012 sem reajuste. Eles fazem fiscalização e aumentam a arrecadação do município. O impacto na folha será de R$ 3 milhões, mas também tem o compromisso e a previsão de que a arrecadação com o trabalho deles aumente em R$ 10 milhões para os cofres públicos”, justificou.
Assim, a proposta está protocolada e segue em tramitação para análise dos vereadores na Câmara Municipal. O valor dos salários será válido a partir de 2023, se o projeto for aprovado.
Então, o projeto define R$ 31.915,80 de subsídio para o vice-prefeito de Campo Grande. Já os secretários municipais ficam com R$ 30.142,70 fixados ao mês. Atualmente, o salário da prefeita é de R$ 21.263,62. Logo, serão cerca de R$ 14 mil a mais por mês a partir do próximo ano.
Justificativa do projeto
Segundo a proposta, o reajuste se dá pela defasagem do subsídio do prefeito, vice-prefeito e secretários de Campo Grande. A última atualização de valores do Executivo foi aprovada em 2019, quando o salário do gestor municipal cresceu 4,17% e passou para R$ 21,2 mil, válidos até hoje.
Além disso, aponta que houve perda do poder de compra. Então, propõe os novos valores, com reajuste de aproximadamente 66%. “Não empobrece quem paga nem enriquece quem recebe”, justifica a proposta.
A proposta é assinada pela Mesa Diretora da Câmara. O projeto foi apresentado e aprovado em 2021, porém a tramitação recuou na Casa.