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Motorista de Porsche fugiu de acidente que matou motoentregador por ‘achar que não era grave’ Motorista de Porsche fugiu de acidente que matou motoentregador por ‘achar que não era grave’

Motorista de Porsche fugiu de acidente que matou motoentregador por ‘achar que não era grave’

Empresário se apresentou à polícia, foi ouvido e liberado

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Carro de luxo foi apreendido. (Henrique Arakaki, Midiamax)

O motorista de uma Porsche alegou à polícia que fugiu do acidente que matou o motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, por ‘achar que não era grave’. O acidente aconteceu na noite do dia 22 de março e a vítima morreu na madrugada do dia 24.

O suspeito se apresentou à Polícia Civil somente nessa quinta-feira (4), onde foi ouvido e liberado. A Porsche foi apreendida. 

Durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (5), a delegada Priscilla Anuda, responsável pelo caso, que está na 3ª Delegacia de Polícia Civil, disse que pelas imagens de câmeras de segurança, foi possível obter a informação de que o motorista foi para a casa, localizada nas imediações de onde houve o acidente. 

O homem – que tem 39 anos -, é dono de um bar na cidade e teria acabado de sair do estabelecimento, quando se envolveu no acidente, a caminho de casa. No carro, estava ele e um funcionário. O funcionário poderá responder por omissão de socorro por não ter prestado socorro ao motoentregador. 

No depoimento prestado à polícia, o motorista alegou que precisou ir para a casa o mais rápido possível, pois sua esposa estaria grávida. Ele conta que não percebeu com clareza a batida na motocicleta, apenas que teria ouvido um barulho e achou que não fosse nada.

Ele ainda disse que soube da gravidade do acidente por um funcionário no dia seguinte, pois o mesmo teria visto a cena do motoentregador sendo socorrido. Sobre a demora para se apresentar na delegacia, ele alega que teria ficado assustado com a repercussão do caso. 

Porém, essa versão apresentada ainda será apurada pela polícia. A delegada informou que o inquérito policial foi instaurado na última terça-feira (2), data em que a equipe de investigação começou a ir aos endereços que poderiam localizar o suspeito.

Delegada Priscilla Anuda durante coletiva de imprensa. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

A polícia vai investigar se o motorista teria escondido o carro de luxo na casa de um familiar, no Jardim Santa Fé, por alguns dias ou apenas guardado o veículo. Se confirmado que o homem escondeu o carro, o familiar também poderá responder por favorecimento pessoal ou real, que é quando a pessoa ajuda o autor de um crime ou esconde um objeto usado no delito. 

O motorista está respondendo em liberdade, pois como ele se apresentou à polícia e não tem antecedentes criminais, não há elementos para solicitar prisão preventiva, conforme explicou a delegada Priscilla Anuda. 

Caso contrário, se o homem não tivesse se apresentado, caberia um pedido de prisão temporária. Ele poderá responder pelo crime de homicídio culposo majorado pela omissão de socorro e evasão de local. 

A polícia ainda acredita que o motorista estaria acima do limite de velocidade permitido no local, pois fica próximo a um hospital. E o limite máximo de velocidade em áreas próximas a hospitais é 40 km/h. Para isso, será solicitado exame de fotogrametria.

A delegada também esclareceu que no dia do acidente não houve procedimento de perícia no local pelo fato de estar descaracterizado, ou seja, não tinham vestígios e a vítima já havia sido socorrida. 

Entretanto, os veículos, tanto o carro de luxo, quanto a motocicleta, passarão por exames periciais. Nas câmeras de segurança dos locais próximos onde ocorreu o acidente, será feita uma perícia indireta. 

Se confirmada a alta velocidade, o motorista da Porsche, além do homicídio no trânsito, responderá pelo crime de “Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano”.

Outro ponto esclarecido durante a coletiva de imprensa, que gera questionamento entre a população e familiares da vítima, foi a demora para iniciar a investigação dos fatos. Inicialmente, o caso foi registrado na delegacia como lesão corporal culposa no trânsito, mas em virtude do feriado de Páscoa, a 3ª Delegacia de Polícia Civil só tomou conhecimento na última terça (2).

O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, pois continuam sendo realizadas oitivas de testemunhas. Também foi solicitado o envio do laudo necroscópico. Ainda terá o possível indiciamento das duas pessoas – funcionário que estava no carro e familiar que teria escondido o veículo em suas -, o relatório final e o encaminhamento do caso ao Poder Judiciário.

Acidente

motoentregador, que tinha 39 anos, foi atropelado às 20h07 da noite do dia 22 de março, numa sexta-feira, na Rua Antônio Maria Coelho. Informações do boletim de ocorrência apontam que ele estava sentido Parque dos Poderes, quando houve uma colisão da lateral esquerda do carro com a lateral direita da moto. 

Com o impacto da batida, Hudson caiu no chão e sofreu fratura exposta na perna direita. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Santa Casa, mas morreu na madrugada de domingo, dia 24 de março, por embolia pulmonar, politraumatismo, ação contundente devido à colisão automobilística.

Inconformada, a família de Hudson relatou à reportagem do Jornal Midiamax que deseja celeridade no caso, pois até a última terça-feira (2), o condutor da Porsche não havia sido identificado pela polícia. 

“Eu me sinto inconformada porque até agora ninguém da autoridade tem notícias sobre o condutor. A gente quer justiça, não pode deixar isso impune. Nós só queremos que ele pague pelo que fez”, desabafa a esposa de Hudson, Kelly Ferreira. 

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