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Adolescentes do Instituto Mirim denunciam crime sexual na Prefeitura de Campo Grande Adolescentes do Instituto Mirim denunciam crime sexual na Prefeitura de Campo Grande

Adolescentes do Instituto Mirim denunciam crime sexual na Prefeitura de Campo Grande

Servidor foi afastado das funções até que o caso seja esclarecido, informou município

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Prédio da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Arquivo Midiamax)

A Prefeitura Municipal de Campo Grande voltou a ser palco de denúncias por importunação sexual nesta quarta-feira (24). Isso porque um servidor do Paço Municipal foi denunciado por dar abraços e cantadas em duas adolescentes do Instituto Mirim no ambiente de trabalho, o Paço Municipal. Ele foi afastado das funções, segundo informou o município.

Uma das vítimas, de 17 anos, procurou a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na tarde desta quarta-feira (24) e registrou o caso. 

Há poucos dias o servidor – que seria um agente de gestão do município – chegou até a adolescente enquanto ela estava tomando água em um bebedouro. O servidor a abraçou por trás e subiu com as mãos para pegar em seus seios, tentando beijá-la no rosto. Com isso, a vítima empurrou o servidor e saiu correndo. 

À polícia, a vítima – acompanhada da mãe – disse que o servidor começou a incomodá-la com perseguições e cantadas no trabalho. Em certo momento, o homem começou a mandar mensagens para a menina com ‘cantadas’, segundo o boletim de ocorrência, fora do horário de expediente.

Depois disso, o servidor começou a chegar por trás e abraçar a vítima e outra adolescente. Porém, as duas sempre tiravam a mão dele e saíam de perto. Não há informações se a outra adolescente também procurou a delegacia para registrar o caso. 

Ainda conforme o registro, a menina solicitou mudança de setor junto ao Instituto Mirim. O Conselho Tutelar foi acionado pela Polícia Civil para serem adotadas as medidas necessárias. 

Desesperada e muito abalada, a mãe da menina conversou com o Jornal Midiamax na tarde desta quarta (24) e pediu por ajuda para que o servidor não fique impune. “Quero ajuda porque isso não pode ficar assim. Estou desesperada, não sei nem o que fazer. Não quero nada contra a mirim, minha filha foi muito bem orientada, mas quero que ele seja responsabilizado, seja o cargo que for”.

Ela contou que a filha desabafou com uma colega – também do Instituto Mirim -, que afirmou estar sendo assediada pelo mesmo servidor. 

A mãe estava no trabalho quando foi acionada pelo Instituto Mirim relatando que a filha passou por atendimento psicossocial sobre importunação sexual sofrida por ela. Então, ela foi orientada a registrar o caso em uma delegacia.

Em contato com o Instituto Mirim da Capital, o Jornal Midiamax foi informado que durante a manhã desta quarta (24) ocorreram dois atendimentos relacionados a assédio sexual sofrido por adolescentes. Após isso, as vítimas foram acolhidas e estão recebendo apoio. Este é o terceiro caso de assédio envolvendo adolescentes do instituto no ano de 2024. 

Não há informações se a segunda adolescente vítima da importunação sexual também procurou a delegacia para registrar o caso.

A prefeitura de Campo Grande, por meio da assessoria de imprensa, informou que tomou conhecimento do caso por meio do pedido de esclarecimento enviado pelo Jornal Midiamax. O município afirma que afastou o servidor até que o caso seja esclarecido. Confira a nota na íntegra abaixo:

“A Prefeitura informa que tomou conhecimento dos fatos denunciados no final da tarde de ontem, por este veículo de imprensa e imediatamente solicitou junto à Secretaria Municipal de Gestão o afastamento do servidor, o que já foi oficializado, até que se esclareça devidamente o caso.

Tanto a Mirim, quanto a família serão acolhidas pela Prefeitura e terão todo o apoio necessário.

É importante ressaltar que a Prefeitura Municipal de Campo Grande refuta e rechaça vigorosamente quaisquer atos de violência e assédio contra a mulher, em todos os espaços e instituições, agindo com tolerância zero a esse tipo de conduta.”

Apesar da confirmação do município de que o agressor se trata de um servidor, a reportagem não encontrou no Portal da Transparência da Prefeitura qual o cargo de nomeação do suspeito e nem a remuneração dele.

Paço municipal já foi palco de crimes sexuais

Essa não é a primeira vez que o paço municipal se torna local de crime sexual. O ex-prefeito Marquinhos Trad foi acusado pelo crime de assédio sexual supostamente cometido dentro da prefeitura. Pelo menos sete mulheres denunciaram os crimes e Marquinhos Trad se tornou réu.

As denúncias começaram a surgir em julho de 2022. A denúncia foi feita pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em 8 de novembro de 2022. Na peça, assinada pelo promotor Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha da 15ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, constam relatos de 7 mulheres que teriam sofrido algum tipo de abuso por parte de Marquinhos Trad.

Instituto Mirim faz acolhimento e diz promover escuta qualificada

Em casos de assédio e importunação sexual, o trabalho do instituto é acolher o adolescente em uma escuta qualificada e sigilosa. Já quando ocorre violação de direito, os profissionais chamam a família e tomam as providências junto aos órgãos ou empresas contratantes relacionadas ao caso. Reforçam que tanto família, quanto as vítimas, são sempre orientadas a registrar denúncia na delegacia. 

Feito isso, é enviado um ofício com um relatório do atendimento psicossocial para a Defensoria Pública, que comunica o órgão ou a empresa.

Outra questão esclarecida pelo instituto é que quando acontece um caso de importunação e/ou assédio, o adolescente, automaticamente, recebe uma dispensa remunerada até que se resolva o caso. O Instituto Mirim aguarda as medidas da empresa ou órgão relacionado para poderem saber o que será feito em relação ao adolescente. 

Após os fatos serem comunicados aos setores responsáveis, o adolescente não retorna para o mesmo ambiente de trabalho se a pessoa acusada permanecer no local. As medidas em relação ao acusado ficam sempre a cargo do órgão ou da empresa contratante. 

Adolescentes são preparadas para lidar com assédio, diz Instituto

Antes de entrar para o mercado de trabalho, os adolescentes – de 14 a 17 anos -, passam por um curso de três meses. Neste curso, eles também são submetidos a uma antecipação teórica – durante 10 dias -, que trata assuntos de ética e oficinas com ministrações sobre assédio. 

Aos adolescentes é explicado o que deve ser feito caso ele/ela passe por uma situação de importunação ou assédio sexual em local de trabalho. 

Atualmente, o instituto conta com 1,5 mil adolescentes em mercado de trabalho e outros 1,5 mil em curso de formação, sendo 100 contratos ativos entre órgãos públicos e empresas privadas. 

Neste mês também acontece a campanha Abril Verde, que trata sobre saúde e segurança no trabalho. Dentro desta campanha, os profissionais do instituto levam orientações a respeito de assédio, com oficinas orientativas que visam informar sobre o que pode ocorrer caso o jovem aprendiz passe por situação semelhante.

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