Peixes selvagens de Bioparque chamam atenção por característica bi: ‘é o ápice’

Eles são bi… biparentais, o que quer dizer que cuidam juntinhos dos ovos e dos filhotes. Estes são os peixes da espécie Oscar selvagem (Astronotus Crassipinnis), que além da exuberante beleza de suas cores e características físicas, também se destacam e chamam atenção no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), pela proteção mútua às “crias”.

A ênfase ao comportamento se dá porque, quando se trata de peixes, apenas o pai ou apenas a mãe costumam proteger os ovos, desempenhando a função sozinhos e sem a ajuda do(a) parceiro(a). No entanto, no caso do Oscar selvagem, os dois dividem essa tarefa em conjunto.

Esta semana, os peixinhos que vivem no complexo desde 2022 foram flagrados monitorando seus ovos após mais um período de reprodução no aquário. Veja:

“É o ápice”, diz biólogo de Bioparque sobre reprodução dos peixes Oscar selvagem

Também conhecidos como acará, acará-açu, acaraçu, caravuçu, apaiari e outros nomes, os Oscars são espécies que ocorrem no Pantanal sul-mato-grossense. Este casal, em específico, foi coletado em uma baía no município de Miranda, em agosto de 2023.

Bem adaptados ao recinto no complexo de aquários, os peixes se reproduziram pela primeira vez há mais de um ano, em janeiro de 2023. Nos últimos dias, mais uma reprodução foi flagrada no Bioparque e a dupla “apaixonada” encantou quem visitava o local ao surgir protegendo a desova.

“O macho e a fêmea dividem o cuidado e a proteção dos ovos e dos filhotes. Os pais colocam os filhotes na boca para protegê-los quando sentem algum tipo de ameaça”, detalha o Bioparque Pantanal.

“Uma reprodução em cativeiro é o ápice do bem-estar animal. Depois de todas as estabilizações dos parâmetros de qualidade de água, da adaptação ao alimento e dos protocolos de bem-estar animal houve a reprodução deste casal. Este fato demonstra que estamos atendendo os parâmetros nutricionais, de ambiente e de qualidade de água e todos esses segmentos positivos proporcionaram a reprodução”, comenta o biólogo e curador do Bioparque Pantanal, Heriberto Gimênes Junior, sobre os peixes.

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