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Grande compradora de soja, Argentina cobra ‘pedágio’ de embarcação de Porto Murtinho Grande compradora de soja, Argentina cobra ‘pedágio’ de embarcação de Porto Murtinho

Grande compradora de soja, Argentina cobra ‘pedágio’ de embarcação de Porto Murtinho

Governo Argentino é citado em ofício de entidade de navegação após ter retido embarcação e cobrado taxa irregular

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Hidrovias MS
Embarcações no Rio Paraguai (Divulgação, Semadesc)

Considerada um dos maiores países compradores de soja de Mato Grosso do Sul, a Argentina foi citada pela Abani (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior) em ofício após ter, pela primeira vez, retido uma embarcação de Porto Murtinho e cobrado uma taxa irregular às atividades. Medida é considerada preocupada e entidades federais e estaduais devem ser mobilizadas.

Conforme comunicado da Associação, medida do Governo Argentino é preocupante e desrespeita o Acordo Intergovernamental da Hidrovia do Paraguai Paraná “criando taxas de forma unilateral”. A Abani explica que, além de ter cobrado a taxa, o território argentino também reteve embarcação da empresa paraguaia, subsidiária da Hidrovias Brasil, que transportava soja vinda de Porto Murtinho, município banhado pelo Rio Paraguai e por onde ocorre o transporte hidroviário até o outro país.

Para a Associação, a decisão afronta os interesses de empresas brasileiras atuantes ao longo do trajeto hídrico.

“Nos últimos anos tivemos elevados investimentos brasileiros em construção de terminais e aquisição de ativos para navegação. Somente o grupo FV Cereais investiu na construção de terminal em Porto Murtinho mais de R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), sendo que, recentemente, tivemos dois outros terminais que obtiveram a outorga de autorização na região de Corumbá – Mato Grosso do Sul e outros dois estão em processo de licenciamento. Isso sem contar os altos investimentos que empresas produtoras de minério de ferro estão tendo na área portuária e ativos para navegação (barcaças, empurradores, dentre outros)”, informa.

Além disso, a categoria defende que a medida de retenção de embarcações e cobranças irregulares de taxas eleva o custo do transporte, causa insegurança institucional e prejudica o acordo de livre navegação, o que já estaria causando prejuízos às empresas brasileiras, sobretudo a Mato Grosso do Sul.

Reunião vai mediar os assuntos

Diante disso, a Abani afirmou que vai solicitar que o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Ministérios dos Transportes, Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secretaria de Comércio Exterior), Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Marinha do Brasil e Governo de Mato Grosso do Sul, Estado diretamente afetado, atuem para que o Governo Argentino cesse prontamente a cobrança da taxa. Também foi convocada uma reunião extraordinária Comitê do Acordo da Hidrovia Paraguai Paraná.

Porto Murtinho transporta 1,3 milhão de tonelada de soja para Argentina

O Jornal Midiamax conversou com o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro (PSDB). Ele contou que o município está ciente da polêmica envolvendo a embarcação retida na Argentina e disse que, até então, nenhuma cobrança do tipo “pedágio” era realizada pelo país.

Além disso, afirma que Porto Murtinho já exportou 1,3 milhão de tonelada de soja para a Argentina em 2023. Além disso, 400 caminhões bitrens de todos as regiões do Estado chegam até a cidade para a exportação dos grãos constantemente, o que resulta em seis embarcações carregadas para o comércio com o país vizinho.

Nelson ainda alega que não pode dar mais detalhes sobre as tratativas das comercializações internacionais por ser da competência do Estado. Por sua vez, o Governo de Mato Grosso do Sul também foi acionado pela reportagem, mas informou que não consegue responder à solicitação neste momento porque Jaime Verruck, titular da Semadesc, está em viagem. A equipe também tentou ligar no seu telefone, mas ligação não foi atendida. Espaço segue aberto para manifestações.

Marinha também se manifesta

O Jornal Midiamax também procurou o Comando do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil que atua por meio da Capitania Fluvial do Pantanal. Porém, a entidade alega que esse caso não é da sua competência.

“A Marinha do Brasil, na área de jurisdição do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN), por meio da Capitania Fluvial do Pantanal, tem como atribuição contribuir para a segurança do tráfego aquaviário, no que se refere à salvaguarda da vida humana e à segurança da navegação, nas hidrovias interiores, e a prevenção da poluição hídrica por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio, entre outras. O Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, também organização militar subordinada ao Com6ºDN, tem como missão efetuar a atualização da cartografia náutica e manter a operacionalidade dos auxílios à navegação, a fim de contribuir para a segurança da navegação na área do Com6ºDN”, inicia a nota.

Assim, uma vez que o tema é referente à cobrança de taxa de transporte por parte do Governo Argentino, compete ao Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores e dos países envolvidos, opinar sobre o assunto. “A Marinha do Brasil não tem competência para falar sobre o referido assunto”, conclui.

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