Número de crianças doentes com sintomas respiratórios cresce 20% em Campo Grande
Chegada do outono aumenta incidência das doenças, mas vacinação contra a gripe pode impedir agravamento
Priscilla Peres –
Ouvir Notícia Pausar Notícia Compartilhar É só o outono chegar e as temperaturas caírem um pouco que os sintomas de doenças respiratórias aparecem. Nos últimos quatro dias, a busca por atendimento de crianças com sintomas respiratórios nas unidades de saúde de Campo Grande cresceu 20% e a melhor maneira de impedir o agravamento das doenças é com a vacinação.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), é sazonal o aumento de sintomas respiratórios em crianças e idosos com a chegada do outono, que seguem em alta até julho. Monitoramento da saúde mostra aumento dos casos provocados pela influenza, que pode ser prevenido com a vacinação.
No ano passado, Mato Grosso do Sul enfrentou uma crise na saúde de crianças pequenas devido ao aumento expressivo de doenças respiratórias, falta de leitos e mortes. Em 2023, o vírus sincicial foi o principal responsável pelas internações de crianças, mas os idosos são as principais vítimas fatais das doenças respiratórias.
Até a semana passada, foram imunizadas 41 mil pessoas contra a gripe em Campo Grande. O número ainda é muito baixo, já que expectativa é vacinar ao menos 90% do público prioritário, o que corresponde a 300 mil pessoas.
Inicialmente, a campanha que começou no dia 21 de março deve ocorrer até o dia 31 de maio, conforme cronograma do Ministério da Saúde.
Quem pode se vacinar?
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação – A (H1N1); A (H3N2) e B (linhagem B/Victoria) – protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A vacina contra Influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação. Em Mato Grosso do Sul, o público-alvo é composto por 1.148.407 pessoas.
A 26ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza segue até o dia 31 de maio no Estado.
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.