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Com debandada diária, Consórcio Guaicurus não repõe motoristas Com debandada diária, Consórcio Guaicurus não repõe motoristas

Com debandada diária, Consórcio Guaicurus não repõe motoristas

Passageiros reclamam de falta de ônibus, situação é agravada pela falta de motoristas

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Ônibus do Consórcio Guaicurus. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Após “debandada” de motoristas e até paralisação de linhas de ônibus em Campo Grande no mês passado, o Consórcio Guaicurus anunciou a abertura de vagas para a contratação de 20 profissionais, o que não seria suficiente sequer para repor as baixas dos quadros das empresas do transporte coletivo da Capital, conforme fontes ouvidas pelo Jornal Midiamax.

A reportagem recebe diariamente reclamações de passageiros que ficam horas esperando ônibus passar por falta de veículos em determinados horários. A situação se dá por conta da falta de motoristas, que deixaram seus empregos no Consórcio Guaicurus em busca de trabalhos melhores. A estimativa é que o déficit seja de cerca de 70 profissionais, ou seja, os 20 que devem ser contratados pelas empresas de ônibus sequer repõem o buraco no quadro de funcionários.

O processo seletivo prevê contratação de 5 mecânicos, 3 eletricistas e 20 motoristas com experiência nas categorias D e E. 

De acordo com o presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, as contratações são positivas, mas 20 vagas não preenchem o quadro de condutores de ônibus necessários. Contratação deveria ser de, pelo menos, o dobro.

“Acho que 20 motoristas ainda não são suficientes para completar o quadro, apesar de que contratam todo dia, né? Esse ‘pacote’ de contratações dá uma amenizada na situação, mas para fechar mesmo o quadro seria necessário mais uns 20 motoristas aí, no mínimo”, analisa Demétrio.

Insatisfação dos usuários

A falta de motoristas causa prejuízos no atendimento aos usuários, que precisam passar horas esperando por ônibus e convivem com uma prestação de serviço precária. Em janeiro deste ano, dados divulgados pela Revisão do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana do Município, realizado pela Logit Transportation Enginners, apontam que 40% dos usuários se declaram insatisfeitos com gastos no transporte coletivo em Campo Grande.

A disponibilidade dos ônibus também é motivo de reclamação, assim como o conforto dos pontos disponíveis aos usuários na cidade. Os números superam 50% dos entrevistados, o que mostra uma das várias falhas do Consórcio Guaicurus.

Em relação à “Satisfação Geral” com o sistema, apenas 33% disseram estar contentes com o serviço prestado, segundo a tabela. No entanto, os entrevistados contam que existem muitas expectativas não atendidas.
A pesquisa aponta que 75% dos entrevistados utilizam o ônibus para ir ao trabalho. O segundo motivo mais frequente foi para ir ao local de estudo, com 11%.

Paralisação de linhas

No início de março, o Jornal Midiamax mostrou relação de 38 linhas onde faltam motoristas. Com a saída constante de funcionários, motoristas foram autorizados pelo Consórcio Guaicurus, que é formado por um conjunto de empresas que exploram o serviço na cidade, a fazer diárias. A decisão sobrecarrega condutores que precisam rodar desde às 5h até a meia-noite. Na época, Demétrio atribuiu a debandada, também, a ofertas mais atraentes de empresas do setor de celulose.

Ônibus velhos e sucateados

Perícia judicial realizada no início de 2023 apontou que o grupo descumpre o contrato de concessão no quesito idade média da frota, que determina 5 anos, com idade máxima de dez anos. Atualmente, a idade média é de 7 anos, sendo que o Jornal Midiamax já flagrou veículos com até 12 anos ‘de vida’ circulando, vários apresentando problemas de sucateamento e falta de manutenção.

Por outro lado, o lucro do consórcio foi de R$ 68,5 milhões nos 7 primeiros anos de concessão, e afirma que só irá renovar a frota se houver novo reajuste da tarifa do transporte coletivo neste ano. No dia 14 de março a tarifa subiu de R$ 4,65 para R$ 4,75 após decisão judicial.

Na terça-feira da semana passada, dia 2 de abril, o diretor operacional da empresa, Paulo Vitor Brito de Oliveira, afirmou que o problema é suposta defasagem na arrecadação, que impacta no investimento do serviço prestado. “A renovação da frota, que hoje o Consórcio está impedido de fazer, é pelo desequilíbrio econômico-financeiro do contrato”, justificou. 

A empresa e a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) travam uma intensa briga judicial sobre os reajustes no contrato entre as partes. O Consórcio alega prejuízos e defende uma tarifa técnica de R$ 7,79. O valor praticado, atualmente, é de R$ 5,95.

Esse valor é o que o Consórcio recebe por passagem, mas não é o mesmo cobrado do passageiro, pois a diferença é paga pela prefeitura e governo do Estado, em forma de subsídio.

Questionado se ocorreria renovação da frota neste ano, o diretor do grupo respondeu que não há possibilidade de comprar novos veículos sem fazer o reajuste do valor que é repassado ao Consórcio Guaicurus. “A gente depende da implantação da tarifa técnica”, defendeu.

Sobre as vagas

De acordo com o Consórcio, os selecionados para ocupar as vagas abertas nesta terça-feira (9) terão salário compatível com a função, vale-alimentação, vale-gás, participação nos lucros, convênio odontológico, participação no programa de consultas e exames, cursos de capacitação, além da utilização da estrutura nacional do SEST SENAT. Interessados podem se candidatar enviando currículo pelo WhatsApp (67) 3316-6698.

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