Em meio a alta de casos, saiba como evitar a proliferação do mosquito-da-dengue
Mato Grosso do Sul contabiliza 40.176 casos confirmados de dengue em 2023
Lethycia Anjos –
Ouvir Notícia Pausar Notícia Compartilhar Mutirão da Dengue (Arquivo, Jornal Midiamax)
Com os termômetros marcando temperaturas acima da média em Mato Grosso do Sul, o período se torna propício à propagação de doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. Em épocas mais quentes, arboviroses se proliferam com maior facilidade e por isso, exigem atenção redobrada.
Dados do Boletim Epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na última terça-feira (14), apontam que o Estado contabiliza 40.176 casos confirmados da doença em 2023, quase o dobro dos casos registrados no ano anterior, que somaram 21.328 infectados.
De janeiro a novembro deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 40 óbitos por dengue. Já o número de casos prováveis de Dengue está em 46.736, o maior patamar desde 2020, quando foram registrados 65.675.
Entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 74 estão classificados com alta incidência de casos prováveis, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme o boletim, Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru apresentam incidência média, enquanto apenas Aparecida do Taboado atinge baixa incidência.
Campo Grande lidera a lista de casos confirmados da doença, com 11.801, seguida por Três Lagoas (4.613) e Corumbá (2.202). Apesar da capital apresentar altos números de contaminação, possui baixa incidência por número de habitantes. O município de Alcinópolis é responsável pela maior incidência de confirmações do estado, com 9.036,8.
Enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy, explica que a dengue pode atingir todas as idades, com gravidade e impactos que podem variar. Além disso, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável representam os grupos mais afetados pela dengue.
“Isso ocorre porque esses grupos podem ter mais dificuldade em lidar com a infecção e desenvolver complicações graves devido à resposta do sistema imunológico e a capacidade de combater o vírus limitada”.
Como prevenir?
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é transmissor de doenças como a Chikungunya e o Zika Vírus, por isso, é essencial adotar medidas para evitar a proliferação e contaminação:
- Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’água ou caixas d’água;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Remover galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
- Fazer sempre a manutenção de piscinas.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Além disso, a SES recomenda estar atento aos sinais de alarme, que podem incluir dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarreia, fadiga e sangramento de mucosas.
Bianca Modafari Godoy ressalta que em casos de suspeitas de Dengue, a recomendação é manter-se hidratado e em repouso, além de buscar atendimento em uma unidade de saúde.
“Importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de anti-inflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia”.
Serviço:
Em caso de dúvidas, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.